Hoje é dia mundial do lúpus, é uma doença rara que atinge mais mulheres, é grave mas se tem tratamento...
Mesmo assim com tudo que a doença causa, todas as dificuldades, a doença ainda é pouco falada. Temos poucos benefícios, muitos já não tem condições de trabalhar por terem muitas partes do corpo atingida pelo lobo e ainda sim é complicado conseguir alguma ajuda do estado ou provavelmente não conseguimos nenhuma.
O dia do lúpus, na verdade é o dia dos lúpicos, somos nós os vencedores, estamos aqui sempre indo a luta. vencendo e vencendo cada dia mais, cada dia é uma nova conquista, todos os dias ao acordar
sabemos que é mais uma batalha que vencemos, que é mais um dia que não fomos vencidos por esse lobo...esse dia não é o dia do lúpus e sim o dias dos lúpicos... nós merecemos essa honra...
Ontem recebi noticias muito boas, fiquei muito feliz por saber que existe uma possibilidade de cura para o lúpus e de um tratamento novo, em que vai direto ao combate da doença sem atingir células boas e não provoca efeitos colaterais. O tratamento até então tem sido bastante doloroso, os uso de medicamentos muito fortes como os corticóides e quimioterapia provocam muita dor, queda de cabelo, ganhamos muito peso e isso faz desencadear uma serie de outros problemas emocionais.
Mas enfim, ontem passou no SBT uma reportagem sobre o assunto, falou do novo remédio que será usado em forma de vacina,o remédio já está sendo usado no Estados Unidos e a ANVISA já liberou para ser usada no Brasil até o fim desse ano.. Peço a Deus bençãos para nós e bençãos para esse novo remédio, para que esse medicamento possa nos devolver o direito de levar uma vida normal, sem dores e sem medicamentos com tantos efeitos colaterais.
Um poema feito por nossa amiga Paula e que traduz os efeitos do lúpus em nossas vidas
Borboleta que não voa,
Incerteza e desilusão.
Vaguear num mundo à toa,
Entre a dor e a solidão.
E nesses dias passados,
(Criança por Deus magoada!)
Viste o teu mundo ser mudado.
Instalaram-se em ti as trevas,
Amaldiçoas a luz que te fere
E odeias a vida que levas!
Clamas aos céus por justiça,
Buscando uma força divina.
O mundo perdeu-te nas voltas
E fez a poetisa, ainda menina
Para cantar tamanha revolta.
“Porquê eu? Porquê vocês?”
Pergunto a minh’alma dolorida,
Tentando manter a lucidez.
São tantas as portas que nos fecham,
Sem aviso prévio, nem motivo.
Quase como flechas que atravessam
Um pássaro que tomba, ferido.
Resta-nos somente a fé inabalável,
De Anjos de Luz, por nós velando.
Operando milagres no impensável,
Nos hospitais, as dores acalentando.
Sou menina mulher, louca e incompleta,
Que já não sente vontade de sonhar.
Lúpus: tens asas de borboleta,
Mas nunca me fizeste voar...
Beijinhos...da menina do blog.
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